A minha vida literária, a minha verdadeira vida. Estranhar-me-á quem me ler e me não conhece, estranhar-me-á quem me conhece porque não me lê. Até eu, conheço-me? Tenho por vezes conhecimento de partes de mim que me desconhecia e admiro-me. É quando tomo consciência dos actores que há em mim. Mas não é fácil chegar a esse estado de conhecimento. Apesar de saber que me são íntimos e que deles sou possuído, não tenho uma natural consciência deles, dos actores que há em mim.
É depois, na volta com as palavras, quando falo de mim e nada digo, nas conversas que tenho contigo mesmo sem tu estares que me apercebo da teatralidade de tudo isto e aí consigo a visualização de todos os enigmáticos personagens que me habitam e que trago comigo desde quando?
Gémeos é o meu signo, sou portanto múltiplo. Quando chego à imagem clarificadora desses personagens (sombras de mim mesmo) sei que não passam de fruto da minha inteligência clarificadora delas e tenho medo. Medir forças com eles, com os actores que há em mim? E os meus fantasmas???
O porquê de Fragmentário
Um diário é um conjunto de apontamentos que se apontam dia a dia - desses não tenho, por isso não escrevo diários -, de soluços aos solavancos, fruto das horas mortas e dos momentos inadequados do não sentir. Por isso, “Fragmentário”. Onde o navio? Sem navio...
domingo, 31 de agosto de 2008
domingo, 17 de agosto de 2008
Realidade ou ficção?
Tenho quatro amigos em literatura que lhe quero apresentar pois penso que não os conhece, ou se calhar conhece-os apenas mas de os imaginar por aí. São meus amigos e eu sou amigo deles só que eles não sabem. É claro que eles e tudo o que com eles se relaciona não existe, ou melhor, existe verdadeiramente, pois neste país a realidade acaba sempre por superar a ficção!!!
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