“Era uma vez um cão que queria passar por gato, mas não teve sorte nenhuma, logo o descobriram “.
Não fui eu o inventor da non sense frase, mas sei quem foi. Sei, mas não o digo. Quem quiser que o adivinhe ou então leia " A cantora careca". Isto para dizer que há por aí muitas coisas que não fazem sentido. Por exemplo não faz sentido estar calado por muito tempo tal como também o não faz estar sempre a falar. Mas dias há em que o próprio silêncio é ensurdecedor!!!
Soito. Conjunto de castanheiros. Ou lá por perto. Castanhas ainda há meses, as folhas dos castanheiros, verdes agora que, como já disse, é primavera mas mais parece Verão! Eterno rolar das Estações. E nós com elas.
A sua voz, via telemóvel quando falávamos acerca de ti:
- Foi para Timor. Tem que ser grande o desespero para ter ido para Timor. E o Sr. seu marido, alto cargo em Bruxelas! Longe da vista...
" Fugiste de mim e acabaste a fugir de ti. Não consegues apaixonar-te por ninguém, dizem-me, tal como também não consegues viver sem paixão. Esse o teu castigo ".
De que matéria são feitos os sonhos que não chegamos a sonhar? De recordações do passado ou de memórias do futuro?
Recordo-te, projecto-te, invento-te. Encontro-te, consumo-te, portanto ...
Lá em baixo, no fundo da ravina canta a juvenil ribeira. Vai ser grande, a ribeira quando chegar às portas do rio. E contudo já o não será, quando se aproximar do mar!!!
Os melros, os novatos passaritos que ainda mal voar sabem, já anseiam as gingas do quintal da tia. As perdizes já só pensam em engordar!!!
O porquê de Fragmentário
Um diário é um conjunto de apontamentos que se apontam dia a dia - desses não tenho, por isso não escrevo diários -, de soluços aos solavancos, fruto das horas mortas e dos momentos inadequados do não sentir. Por isso, “Fragmentário”. Onde o navio? Sem navio...
terça-feira, 24 de março de 2009
segunda-feira, 16 de março de 2009
Sôbolos montes e vales
A Primavera está a chegar ou já se instalou?
Daqui a pouco já é Verão, mas até lá?
Os bosquímones já se antevêm aqui e ali, perdendo o medo...
E os laranjais viçosos de esperança, engalanados para a polonização!!!
E os roseirais? Renovados ou em contraciclo de Renovação???
Os outrora alegres faunos que se rebolavam de gozo no jardim, aflitos e assustados nos esconderijos das escorregadias enguias !!!
Os manjericos espreitando do alto da burra!!!
Os pinheirais recém-plantados nas serranias, ondulantes e crentes de que ainda há esperança no futuro!!!
Descansa um pouco, caminhante, senta-te à sombra dos outrora densos pinheirais...
Junta a caruma que sobrou dos ancestrais, acama-a
Pois é na melhor caruma que se espraia a cama...
Fecha os olhos, sorve todo o ar que puderes,caminheiro de mil sóis
Até os pulmões não aguentarem mais, inspira!
Deixa-te ir, de sentir...
És agora marinheiro que já deixou o cais.
O azul do Rio sonhado, reflectido no telhado!
A alma que de dilatada, se eleva sem deus á vista!!!
Já lá vai o tempo das chuvadas
Agora é tempo de semear o pão.
Daqui a pouco já é Verão, mas até lá?
Os bosquímones já se antevêm aqui e ali, perdendo o medo...
E os laranjais viçosos de esperança, engalanados para a polonização!!!
E os roseirais? Renovados ou em contraciclo de Renovação???
Os outrora alegres faunos que se rebolavam de gozo no jardim, aflitos e assustados nos esconderijos das escorregadias enguias !!!
Os manjericos espreitando do alto da burra!!!
Os pinheirais recém-plantados nas serranias, ondulantes e crentes de que ainda há esperança no futuro!!!
Descansa um pouco, caminhante, senta-te à sombra dos outrora densos pinheirais...
Junta a caruma que sobrou dos ancestrais, acama-a
Pois é na melhor caruma que se espraia a cama...
Fecha os olhos, sorve todo o ar que puderes,caminheiro de mil sóis
Até os pulmões não aguentarem mais, inspira!
Deixa-te ir, de sentir...
És agora marinheiro que já deixou o cais.
O azul do Rio sonhado, reflectido no telhado!
A alma que de dilatada, se eleva sem deus á vista!!!
Já lá vai o tempo das chuvadas
Agora é tempo de semear o pão.
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