Nas cordilheiras da tristeza há sempre a esperança de um dia acordarmos frescos e leves pelo vislumbre do alegre chilrear da passarada ao alvorecer.
É certo que os morangos, bem como as cerejas do quintal da tia já estão vermelhos e prontos a comer. Apetitosos até, diria. Então se assim é, porque é que nos é proibido comê-los sem termos que os pedir à tia?
Fugir das convenções..., desviarmo-nos da rota que préviamente o Sr. do destino traçou para nós...
É a ansiedade, a pressa, que nos destroça toda a vida planeada!
Trocava a vida toda que já tive por cem dias de aventura! Mas quanta vida me resta e quanta aventura???
Tenho medo de ficar e até de partir já tenho. Fujir de mim próprio? E aportar onde?
O teu destino era partir, lembras-te? E o meu, qual é???
O porquê de Fragmentário
Um diário é um conjunto de apontamentos que se apontam dia a dia - desses não tenho, por isso não escrevo diários -, de soluços aos solavancos, fruto das horas mortas e dos momentos inadequados do não sentir. Por isso, “Fragmentário”. Onde o navio? Sem navio...