“... Lembro-me. Ciclicamente lembro-me. Do lado de cá do tempo - voluntáriamente afastado e qual eremita asceta escondido neste refúgio secreto agora pintado em tons de castanho e amarelo velho ou não se tivesse já instalado o Outono como bem relevam os castanheiros e pinheirais - volto por vezes, quando a memória emocional me visita e obriga a reviver o filme de outra vida quando soltos andavam os cavalos da mente e lá estou eu nos mesmos lugares de outros tempos onde a ritmo de música sinfónica de afinada orquestra se sucediam actos primeiro de peças de teatro por encenar e representavam actores e actrizes a ritmo alucinante, o amor.
Reinvento-os como só com o passar do tempo e lá estou eu de novo naquela cidade branca, Lisboa, cidade em plena efervescência, personagens de ficção ou não, juventude prenhe de ideias de felicidade permanente, emoções jorrando na jactância de corações despedaçados, amante de ciúmes enlouquecida.
Lisboa cidade amada, Lisboa cidade velha, Lisboa cidade, qual mulher perdida em noite de temporal, à deriva. Cidade de fantasia inventada por romancistas e poetas decadentes, deserto árido à chegada, casa de mil recordações à partida, assim eras Lisboa,cidade bela, uma das mais belas do mundo onde tudo podia acontecer...”
O porquê de Fragmentário
Um diário é um conjunto de apontamentos que se apontam dia a dia - desses não tenho, por isso não escrevo diários -, de soluços aos solavancos, fruto das horas mortas e dos momentos inadequados do não sentir. Por isso, “Fragmentário”. Onde o navio? Sem navio...
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
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