Esvai-se a noite na cabeça, lento agitar de emoções febris
Martelar monocórdico das horas paradas no relógio vislumbrado
Passam-se anos, sonhos desfeitos de mil cansaços da rapariga
alegrias infantis, boreais, etéreas, quem diria...
Caíu rápida mas não foi breve, a noite
Sonhados olhos doces, olhos tristes de incontida dor
Campos de amendoeiras e alfarrobeiras a perder de vistas
Sombras de outros campos, trigais ao vento, Alentejo em flor
Cerraram-se os olhos, já escureceu no Cais
Uma gaivota soltou-se, tenta chegar aos beirais
Fundiu-se com a noite, lá vai ela, em sua louca viagem
Os néons baços de todas as grandes cidades - Paris, à noite
Contrastando com a luminosidade intensa de Alexandria
Que linda que é Lisboa ao meio dia. E que bom que é o cheiro a maresia
O porquê de Fragmentário
Um diário é um conjunto de apontamentos que se apontam dia a dia - desses não tenho, por isso não escrevo diários -, de soluços aos solavancos, fruto das horas mortas e dos momentos inadequados do não sentir. Por isso, “Fragmentário”. Onde o navio? Sem navio...
terça-feira, 13 de julho de 2010
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