Ao Chiado, espreitando por sobre as guedelhas esbranquiçadas, o sol de inverno é tão fraco que nem consegue aquecer os transeuntes. Envergonhado por se encontar tão fraco, este sol de inverno,limita-se a espreguiçar-se, espraindo os raios pelas persianas das janelas.
A minha janela, escancarada agora. Cortinados abertos, deixo o sol invadir os meus aposentos. Saio, vou à varanda, extasio-me. O mar que cerca Lisboa galgou as margens e veio fundir-se com o Tejo.
Regresso à vida, respirar de o novo é urgente.
Dizem-me que este ano o pai natal foi madrasto, até para as crianças. Culpa da crise financeira mundial, ou tão só alterações climatéricas?
O porquê de Fragmentário
Um diário é um conjunto de apontamentos que se apontam dia a dia - desses não tenho, por isso não escrevo diários -, de soluços aos solavancos, fruto das horas mortas e dos momentos inadequados do não sentir. Por isso, “Fragmentário”. Onde o navio? Sem navio...