Acordo tarde dentro como é hábito nestes dias após as longas noites e depois de um duche frio e um café forte deito-me na rede pendurada na varanda e fecho os olhos ao rio.
As antenas por sobre os telhados dos prédios, tantas e tão emaranhada em metálicos fios não auguram nada de bom às imagens televisivas que hão-de cair abruptas dos satélites. Deixá-las, às imagens, coitadas. Também são só de guerras dos outros, de guerras que nos não dizem respeito!
Lá em baixo, no Terreiro, não os vejo, aos eléctricos, mas oiço-os lentos, deslizar nos carris em infernais chiadeiras de travões desafinados quando a paragem se aproxima.
Cá dentro, bem dentro da minha cabeça, o passado e o futuro, as metáforas pessoanas e as alegorias camonianas.
Sonhos sonhados ou não.
O porquê de Fragmentário
Um diário é um conjunto de apontamentos que se apontam dia a dia - desses não tenho, por isso não escrevo diários -, de soluços aos solavancos, fruto das horas mortas e dos momentos inadequados do não sentir. Por isso, “Fragmentário”. Onde o navio? Sem navio...
segunda-feira, 5 de novembro de 2007
O outro lado do espelho
Aos poucos, o regresso à vida.
Cai a noite no bairro alto mas a cidade nem se dá conta
O bulício, a pressa de chegar a casa, a angustia dos carros parados nos semáforos...
Tempo de fechar a porta da casa e de deitar a chave ao Tejo.
Cai a noite no bairro alto mas a cidade nem se dá conta
O bulício, a pressa de chegar a casa, a angustia dos carros parados nos semáforos...
Tempo de fechar a porta da casa e de deitar a chave ao Tejo.
terça-feira, 30 de outubro de 2007
De regresso ás aulas
E de repente demo-nos conta de que o Outono chegou.
Estranhamente, ou talvez não, quando passados vinte anos voltei a ver o João, apercebi-me que afinal não foi só o Outono das quatro estações quem acabou de se instalar!
Estranhamente, ou talvez não, quando passados vinte anos voltei a ver o João, apercebi-me que afinal não foi só o Outono das quatro estações quem acabou de se instalar!
terça-feira, 16 de outubro de 2007
Sintra
Em frente o mar.
Viemos porque tinhamos pressa
O Palácio de Queluz escondendo-nos com as frondosas tílias
O Convento de Mafra graciosamente em vigília
Viemos porque tinhamos pressa
O Palácio de Queluz escondendo-nos com as frondosas tílias
O Convento de Mafra graciosamente em vigília
quinta-feira, 11 de outubro de 2007
Olho de falcão
Ter asas, saber voar.
Decidido ir para olho de falcão.
Descartados todos os outros, tais como carta a Garcia e...
Havemos de lá chegar.
Encontrar-nos-emos lá.
Decidido ir para olho de falcão.
Descartados todos os outros, tais como carta a Garcia e...
Havemos de lá chegar.
Encontrar-nos-emos lá.
quarta-feira, 19 de setembro de 2007
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