Acordo tarde dentro como é hábito nestes dias após as longas noites e depois de um duche frio e um café forte deito-me na rede pendurada na varanda e fecho os olhos ao rio.
As antenas por sobre os telhados dos prédios, tantas e tão emaranhada em metálicos fios não auguram nada de bom às imagens televisivas que hão-de cair abruptas dos satélites. Deixá-las, às imagens, coitadas. Também são só de guerras dos outros, de guerras que nos não dizem respeito!
Lá em baixo, no Terreiro, não os vejo, aos eléctricos, mas oiço-os lentos, deslizar nos carris em infernais chiadeiras de travões desafinados quando a paragem se aproxima.
Cá dentro, bem dentro da minha cabeça, o passado e o futuro, as metáforas pessoanas e as alegorias camonianas.
Sonhos sonhados ou não.
O porquê de Fragmentário
Um diário é um conjunto de apontamentos que se apontam dia a dia - desses não tenho, por isso não escrevo diários -, de soluços aos solavancos, fruto das horas mortas e dos momentos inadequados do não sentir. Por isso, “Fragmentário”. Onde o navio? Sem navio...
segunda-feira, 5 de novembro de 2007
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