Ó se ao menos alguém nos cantasse os parabéns todos os anos no dia do nosso aniversário depois de morrermos!
Mas não. Tudo o que mais querem, os trastes dos vivos, é esquecer-nos á pressa para depois poderem realizar as suas próprias fantasias com os despojos.
Depois de morrermos, mas apenas se morremos jovens, deixamos saudades nuns poucos mas apenas por pouco tempo. Sim porque se morrermos velhos não deixamos saudades a ninguém e até pensamos que eles pensam que foi um alívio parece que o gajo nunca mais vai!
E depois a terra cai em cima e pronto, lá se foi tudo. Entregues ao rol dos esquecidos bem fechadinhos na caixa não vá o danado lembrar-se de voltar a acordar.
Pedra tumular bonita em cima da campa e ali entre quatro paredes com porta fechada a cadeado para toda a eternidade que é sabe-se lá quanto tempo.
E para quê? Então não sabíeis que não era preciso vedar nada pois nem sequer vivos já são!
Triste agora a borboleta amarela pois bem sabe que prestes a findar está o Verão!
O porquê de Fragmentário
Um diário é um conjunto de apontamentos que se apontam dia a dia - desses não tenho, por isso não escrevo diários -, de soluços aos solavancos, fruto das horas mortas e dos momentos inadequados do não sentir. Por isso, “Fragmentário”. Onde o navio? Sem navio...
quinta-feira, 27 de março de 2008
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