O porquê de Fragmentário


Um diário é um conjunto de apontamentos que se apontam dia a dia - desses não tenho, por isso não escrevo diários -, de soluços aos solavancos, fruto das horas mortas e dos momentos inadequados do não sentir. Por isso, “Fragmentário”. Onde o navio? Sem navio...



sábado, 21 de junho de 2008

Foi porque tinha que ser...

Inevitavelmente fui. Às tantas, nem sei porquê, mas fui.
Fui ter contigo, fui ter contigo a tua casa, fui. Às tantas...
Às tantas fui ter contigo à Lagoa do Gerês e lá estvas tu nua e quente ardendo na água fria quase a ferver;
Às tantas fui contigo a Coimbra (queima das fitas a quanto obrigas) era Maio e nem o Mondego conseguimos ver;
Às tantas foi nas Berlengas, estavas esfomeada e foi tal a guerra que a tenda começou a arder;
Às tantas foi em Lisboa, Rua Palmira aos Anjos e a tua amiga a nem querer ver;
Às tantas também foi em Odemira, o teu pai tinha ido de férias e foi o que tinha que ser;
Às tantas também fui à Amadora e só me lembro que me fizeste sofrer;
Às tantas fui, às tantas foi. Às tantas...

Sem comentários: