O tempo corre, o tempo voa, o tempo não tem fim... É efemero, o tempo. Metamorfoses acontecem por vezes. Ou então, tal como escreveu um dia Camões ( há muito tempo )transforma-se o amador na coisa amada. Ou então não!!!
Transforma-se o amador na coisa odiada!!! e é de um dia para o outro, sem que nada o fizesse prever.
Da outra margem .... entre o gume da navalha e o fio. O perigo!
Um dia a casa vem abaixo.É nesse dia...
O porquê de Fragmentário
Um diário é um conjunto de apontamentos que se apontam dia a dia - desses não tenho, por isso não escrevo diários -, de soluços aos solavancos, fruto das horas mortas e dos momentos inadequados do não sentir. Por isso, “Fragmentário”. Onde o navio? Sem navio...
segunda-feira, 21 de julho de 2008
quinta-feira, 10 de julho de 2008
Porque hoje é Sexta
Se quisesse descrever o Gabinete onde trabalho teria que começar por falar nas fotografias que já cá estavam quando cá cheguei. Fotografias antigas de pessoas antigas, pessoas da história cuja história bem conhecemos dos livros e que nos dizem que devemos conhecer bem o passado pois não há perspectiva de futuro se não formos conhecedores do passado.
«Os tios Koba é que tentaram reescrever a história apagando factos e personagens e bem sabemos o triste fim que tiveram quando o vento da história mudou. (Para quem não souber, tio Koba era o petit nom de José Estaline). Um segredo ao vosso ouvido: Consta-se que andam por aí uns certos aprendizes de Tio Koba, Josés qualquer coisa...».
Vieram aqui parar porque sim, tal como outros, porque também. Vieram sem perspectivas. Sem futuro. Sem passado também. Agora até já sonham com Impérios do meio...
Portugal é um quintalzito desgovernado pelas mesmas familias de há oitocentos anos a esta parte. Por vezes há familias que sobem, por vezes as ditas também descem e dão origem a novas famílias que sobem. Depois descem e é assim o carrocel permanente, sempre a subir e a descer.
É bom lembrar que de todo o ouro que chegou do Brasil e das especiarias das Indias apenas ficou, que se veja, o Mosteiro dos Jerónimos. E dos milhões que chegam todos os dias de Bruxelas? O que é que ficará para a memória dos vindouros para além do CCB?
A Catarina apanha os papéis e a Drª Mariana mete-os no lixo. É assim que passamos o tempo, no escritório, à espera que o governo caia.
«Os tios Koba é que tentaram reescrever a história apagando factos e personagens e bem sabemos o triste fim que tiveram quando o vento da história mudou. (Para quem não souber, tio Koba era o petit nom de José Estaline). Um segredo ao vosso ouvido: Consta-se que andam por aí uns certos aprendizes de Tio Koba, Josés qualquer coisa...».
Vieram aqui parar porque sim, tal como outros, porque também. Vieram sem perspectivas. Sem futuro. Sem passado também. Agora até já sonham com Impérios do meio...
Portugal é um quintalzito desgovernado pelas mesmas familias de há oitocentos anos a esta parte. Por vezes há familias que sobem, por vezes as ditas também descem e dão origem a novas famílias que sobem. Depois descem e é assim o carrocel permanente, sempre a subir e a descer.
É bom lembrar que de todo o ouro que chegou do Brasil e das especiarias das Indias apenas ficou, que se veja, o Mosteiro dos Jerónimos. E dos milhões que chegam todos os dias de Bruxelas? O que é que ficará para a memória dos vindouros para além do CCB?
A Catarina apanha os papéis e a Drª Mariana mete-os no lixo. É assim que passamos o tempo, no escritório, à espera que o governo caia.
terça-feira, 1 de julho de 2008
De partida para o sul
Vais-te embora, vais para o sul. No mês que vem. Para Portimão??? Tentei deter-te, fazer-te mudar de ideias.
Vou para o Norte. Vou para o mês que vem. Vou para o Porto??? Mas que porto?
Tantos portos que visitei! Estranhos lugares por onde andei! Norte e Sul calcorreei... Alguns contigo. Alguns comigo. Alguns já nem sei com quem...
Vou-me embora. Está decidido. Não sei com quem.
E contudo ainda aqui estamos antevendo o principio do fim. Ou sofrendo pela sua não confirmação, sei lá. Mas não importa. Já nada importa.
Vais-te embora, vou-me embora, tanto faz...
Com quem falar agora dos lugares que visitámos juntos. Com quem sair de mão dada ao café do bairro ou ao Quarteto a desoras Sexta á noite.
Ò quando te fores, que irá ser de mim quando te fores...
Mando fechar as janelas dos palácios, emoldurar as paisagens do poder, calafetar as portas dos poetas e abrir as janelas do sótão das mentes.
É lá que quero ficar, no sótão das mentes. Para sempre, lá, onde a vida seja ainda, mas apenas em retrospectiva.
Andam músicos de orquestra sem instrumento à procura do palácio de S. Bento. Andam gaivotas famintas sobrevoando as ruas que desembocam na cidade mais alta à Francisco dos Prazeres!!!
Fechem outra vez as portas da ilusão, calafetem as janelas da imaginação, tenham cuidado com o ar pestilento dos cães. Malditos cães!!!
Vou para o Norte. Vou para o mês que vem. Vou para o Porto??? Mas que porto?
Tantos portos que visitei! Estranhos lugares por onde andei! Norte e Sul calcorreei... Alguns contigo. Alguns comigo. Alguns já nem sei com quem...
Vou-me embora. Está decidido. Não sei com quem.
E contudo ainda aqui estamos antevendo o principio do fim. Ou sofrendo pela sua não confirmação, sei lá. Mas não importa. Já nada importa.
Vais-te embora, vou-me embora, tanto faz...
Com quem falar agora dos lugares que visitámos juntos. Com quem sair de mão dada ao café do bairro ou ao Quarteto a desoras Sexta á noite.
Ò quando te fores, que irá ser de mim quando te fores...
Mando fechar as janelas dos palácios, emoldurar as paisagens do poder, calafetar as portas dos poetas e abrir as janelas do sótão das mentes.
É lá que quero ficar, no sótão das mentes. Para sempre, lá, onde a vida seja ainda, mas apenas em retrospectiva.
Andam músicos de orquestra sem instrumento à procura do palácio de S. Bento. Andam gaivotas famintas sobrevoando as ruas que desembocam na cidade mais alta à Francisco dos Prazeres!!!
Fechem outra vez as portas da ilusão, calafetem as janelas da imaginação, tenham cuidado com o ar pestilento dos cães. Malditos cães!!!
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