Se quisesse descrever o Gabinete onde trabalho teria que começar por falar nas fotografias que já cá estavam quando cá cheguei. Fotografias antigas de pessoas antigas, pessoas da história cuja história bem conhecemos dos livros e que nos dizem que devemos conhecer bem o passado pois não há perspectiva de futuro se não formos conhecedores do passado.
«Os tios Koba é que tentaram reescrever a história apagando factos e personagens e bem sabemos o triste fim que tiveram quando o vento da história mudou. (Para quem não souber, tio Koba era o petit nom de José Estaline). Um segredo ao vosso ouvido: Consta-se que andam por aí uns certos aprendizes de Tio Koba, Josés qualquer coisa...».
Vieram aqui parar porque sim, tal como outros, porque também. Vieram sem perspectivas. Sem futuro. Sem passado também. Agora até já sonham com Impérios do meio...
Portugal é um quintalzito desgovernado pelas mesmas familias de há oitocentos anos a esta parte. Por vezes há familias que sobem, por vezes as ditas também descem e dão origem a novas famílias que sobem. Depois descem e é assim o carrocel permanente, sempre a subir e a descer.
É bom lembrar que de todo o ouro que chegou do Brasil e das especiarias das Indias apenas ficou, que se veja, o Mosteiro dos Jerónimos. E dos milhões que chegam todos os dias de Bruxelas? O que é que ficará para a memória dos vindouros para além do CCB?
A Catarina apanha os papéis e a Drª Mariana mete-os no lixo. É assim que passamos o tempo, no escritório, à espera que o governo caia.
O porquê de Fragmentário
Um diário é um conjunto de apontamentos que se apontam dia a dia - desses não tenho, por isso não escrevo diários -, de soluços aos solavancos, fruto das horas mortas e dos momentos inadequados do não sentir. Por isso, “Fragmentário”. Onde o navio? Sem navio...
quinta-feira, 10 de julho de 2008
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