Vais-te embora, vais para o sul. No mês que vem. Para Portimão??? Tentei deter-te, fazer-te mudar de ideias.
Vou para o Norte. Vou para o mês que vem. Vou para o Porto??? Mas que porto?
Tantos portos que visitei! Estranhos lugares por onde andei! Norte e Sul calcorreei... Alguns contigo. Alguns comigo. Alguns já nem sei com quem...
Vou-me embora. Está decidido. Não sei com quem.
E contudo ainda aqui estamos antevendo o principio do fim. Ou sofrendo pela sua não confirmação, sei lá. Mas não importa. Já nada importa.
Vais-te embora, vou-me embora, tanto faz...
Com quem falar agora dos lugares que visitámos juntos. Com quem sair de mão dada ao café do bairro ou ao Quarteto a desoras Sexta á noite.
Ò quando te fores, que irá ser de mim quando te fores...
Mando fechar as janelas dos palácios, emoldurar as paisagens do poder, calafetar as portas dos poetas e abrir as janelas do sótão das mentes.
É lá que quero ficar, no sótão das mentes. Para sempre, lá, onde a vida seja ainda, mas apenas em retrospectiva.
Andam músicos de orquestra sem instrumento à procura do palácio de S. Bento. Andam gaivotas famintas sobrevoando as ruas que desembocam na cidade mais alta à Francisco dos Prazeres!!!
Fechem outra vez as portas da ilusão, calafetem as janelas da imaginação, tenham cuidado com o ar pestilento dos cães. Malditos cães!!!
O porquê de Fragmentário
Um diário é um conjunto de apontamentos que se apontam dia a dia - desses não tenho, por isso não escrevo diários -, de soluços aos solavancos, fruto das horas mortas e dos momentos inadequados do não sentir. Por isso, “Fragmentário”. Onde o navio? Sem navio...
terça-feira, 1 de julho de 2008
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