A minha amada oferece-se-me, linda, como uma flor na primavera e eu só anseio sorver o seu pólen sobretudo quando está a florir. Amo-a mais que a qualquer outra flor, á minha amada, e ela fica bem feliz por ser assim.
O seu sorriso é um bálsamo para mim e encerra sempre grandes promessas de amor;
Os seus olhos são mais transparentes que espelhos de água e fazem lembrar verdes prados espraiados á espera do Verão;
Os seus cabelos são negros como carvão mas o seu roçagar queima como incandescentes tições;
Os seus braços são como tentáculos de polvo e as suas pernas são como estiletes de marfim;
Os seus seios pequenos são rijos como romãs e o seu ventre é quente e fecundo como húmus.
Assim é a minha amada.
O porquê de Fragmentário
Um diário é um conjunto de apontamentos que se apontam dia a dia - desses não tenho, por isso não escrevo diários -, de soluços aos solavancos, fruto das horas mortas e dos momentos inadequados do não sentir. Por isso, “Fragmentário”. Onde o navio? Sem navio...
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