O porquê de Fragmentário


Um diário é um conjunto de apontamentos que se apontam dia a dia - desses não tenho, por isso não escrevo diários -, de soluços aos solavancos, fruto das horas mortas e dos momentos inadequados do não sentir. Por isso, “Fragmentário”. Onde o navio? Sem navio...



quinta-feira, 24 de abril de 2008

Por dentro

Sofrer o cansaço dos neurónios da cabeça por mais uma noite de pesadelos. Noites longas, as minhas, atormentadas por um único pensamento que nem sei qual é, de manhã, ao acordar!
Rios de loucura correndo ao contrário do leito, pesadas horas as do relógio parado mas martelando ainda na minha cabeça todos os minutos em que ansiava por ti.
Sei que existes, ainda mas ninguém me diz se és feliz ou infeliz.
- Quero lá saber da minha infelicidade. – Dirias tu!
Quero lá saber da minha felicidade, diria eu.
Quando penso em ti, saio de mim e deixo de ser eu. Porque o amor que te tenho (nem tenho a certeza que seja amor) tenho-to apenas na minha cabeça, que morto está de há muito o meu coração. O coração ainda não deixou de bater mas sabe-se lá até quando…
Está tudo esquecido. Esquecido? Tantos dias, tantos anos? De nada valeram os dias em que tudo o que acontecia apenas tinha sentido por nós?
(A asa da ave, quando ferida, soltou algumas penas que eu agora uso como enfeite)!!!
De que me serve ter asas se já não posso voar?

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