O porquê de Fragmentário


Um diário é um conjunto de apontamentos que se apontam dia a dia - desses não tenho, por isso não escrevo diários -, de soluços aos solavancos, fruto das horas mortas e dos momentos inadequados do não sentir. Por isso, “Fragmentário”. Onde o navio? Sem navio...



domingo, 26 de outubro de 2008

Outono à porta

Olho à minha volta e de tudo o que vejo já nada me espanta. Há luzes sesgadas que se esgueiram por entre as persianas das janelas da vizinha. E depois. Que me interessam os dramas que se por lá passam se Vêm sem avisar?
Olhos escancarados para conseguir abarcar toda a beleza do Tejo neste fim de Outubro ensolarado. Olhos de pequenos monstros espreitando desfocados por entre homónimos e heterónimos. A noite avança, a morte espreita, a vida vai.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Caem folhas

“Encontrei junto a ti o prazer do silêncio”.
As palavras já nada significam e a sonoridade de algumas fere mais que a dor pela morte do pombo (despenhou-se da torre mais alta do monumento mais alto).
É por isso que o silêncio pesa. Mesmo o fantasiar das ondas na enseada!!!
O clarão dos relampagos antecede o trovão. Existirei eu ainda quando desabar a tempestade?
O que é que ainda podem significar as palavras sonhar,querer?
Perder a lucidez e assomar á porta do templo da loucura já deixou de ser miragem.

domingo, 31 de agosto de 2008

Literatura

A minha vida literária, a minha verdadeira vida. Estranhar-me-á quem me ler e me não conhece, estranhar-me-á quem me conhece porque não me lê. Até eu, conheço-me? Tenho por vezes conhecimento de partes de mim que me desconhecia e admiro-me. É quando tomo consciência dos actores que há em mim. Mas não é fácil chegar a esse estado de conhecimento. Apesar de saber que me são íntimos e que deles sou possuído, não tenho uma natural consciência deles, dos actores que há em mim.
É depois, na volta com as palavras, quando falo de mim e nada digo, nas conversas que tenho contigo mesmo sem tu estares que me apercebo da teatralidade de tudo isto e aí consigo a visualização de todos os enigmáticos personagens que me habitam e que trago comigo desde quando?
Gémeos é o meu signo, sou portanto múltiplo. Quando chego à imagem clarificadora desses personagens (sombras de mim mesmo) sei que não passam de fruto da minha inteligência clarificadora delas e tenho medo. Medir forças com eles, com os actores que há em mim? E os meus fantasmas???

domingo, 17 de agosto de 2008

Realidade ou ficção?

Tenho quatro amigos em literatura que lhe quero apresentar pois penso que não os conhece, ou se calhar conhece-os apenas mas de os imaginar por aí. São meus amigos e eu sou amigo deles só que eles não sabem. É claro que eles e tudo o que com eles se relaciona não existe, ou melhor, existe verdadeiramente, pois neste país a realidade acaba sempre por superar a ficção!!!

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Time is gone

O tempo corre, o tempo voa, o tempo não tem fim... É efemero, o tempo. Metamorfoses acontecem por vezes. Ou então, tal como escreveu um dia Camões ( há muito tempo )transforma-se o amador na coisa amada. Ou então não!!!
Transforma-se o amador na coisa odiada!!! e é de um dia para o outro, sem que nada o fizesse prever.
Da outra margem .... entre o gume da navalha e o fio. O perigo!
Um dia a casa vem abaixo.É nesse dia...

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Porque hoje é Sexta

Se quisesse descrever o Gabinete onde trabalho teria que começar por falar nas fotografias que já cá estavam quando cá cheguei. Fotografias antigas de pessoas antigas, pessoas da história cuja história bem conhecemos dos livros e que nos dizem que devemos conhecer bem o passado pois não há perspectiva de futuro se não formos conhecedores do passado.

«Os tios Koba é que tentaram reescrever a história apagando factos e personagens e bem sabemos o triste fim que tiveram quando o vento da história mudou. (Para quem não souber, tio Koba era o petit nom de José Estaline). Um segredo ao vosso ouvido: Consta-se que andam por aí uns certos aprendizes de Tio Koba, Josés qualquer coisa...».

Vieram aqui parar porque sim, tal como outros, porque também. Vieram sem perspectivas. Sem futuro. Sem passado também. Agora até já sonham com Impérios do meio...

Portugal é um quintalzito desgovernado pelas mesmas familias de há oitocentos anos a esta parte. Por vezes há familias que sobem, por vezes as ditas também descem e dão origem a novas famílias que sobem. Depois descem e é assim o carrocel permanente, sempre a subir e a descer.

É bom lembrar que de todo o ouro que chegou do Brasil e das especiarias das Indias apenas ficou, que se veja, o Mosteiro dos Jerónimos. E dos milhões que chegam todos os dias de Bruxelas? O que é que ficará para a memória dos vindouros para além do CCB?

A Catarina apanha os papéis e a Drª Mariana mete-os no lixo. É assim que passamos o tempo, no escritório, à espera que o governo caia.

terça-feira, 1 de julho de 2008

De partida para o sul

Vais-te embora, vais para o sul. No mês que vem. Para Portimão??? Tentei deter-te, fazer-te mudar de ideias.
Vou para o Norte. Vou para o mês que vem. Vou para o Porto??? Mas que porto?
Tantos portos que visitei! Estranhos lugares por onde andei! Norte e Sul calcorreei... Alguns contigo. Alguns comigo. Alguns já nem sei com quem...
Vou-me embora. Está decidido. Não sei com quem.
E contudo ainda aqui estamos antevendo o principio do fim. Ou sofrendo pela sua não confirmação, sei lá. Mas não importa. Já nada importa.
Vais-te embora, vou-me embora, tanto faz...
Com quem falar agora dos lugares que visitámos juntos. Com quem sair de mão dada ao café do bairro ou ao Quarteto a desoras Sexta á noite.
Ò quando te fores, que irá ser de mim quando te fores...
Mando fechar as janelas dos palácios, emoldurar as paisagens do poder, calafetar as portas dos poetas e abrir as janelas do sótão das mentes.
É lá que quero ficar, no sótão das mentes. Para sempre, lá, onde a vida seja ainda, mas apenas em retrospectiva.
Andam músicos de orquestra sem instrumento à procura do palácio de S. Bento. Andam gaivotas famintas sobrevoando as ruas que desembocam na cidade mais alta à Francisco dos Prazeres!!!
Fechem outra vez as portas da ilusão, calafetem as janelas da imaginação, tenham cuidado com o ar pestilento dos cães. Malditos cães!!!

quarta-feira, 25 de junho de 2008

depois de Agosto

Ancorado na praia deserta desta ilha, abandonada ilha, aqui estou eu, cheio de fome e de sede, febril e visionário, desesperado e louco, completamente alucinado pelos gritos lancinantes das também esgazeadas gaivotas.
Fecho os olhos de doridos, sinto os tímpanos estoirar e como se em transe sou invadido por uma luz suave e calma vinda do fundo do mar. Vinda do mar em espiral para o firmamento com vistas das janelas para dentro! Turbilhão de imagens desordenadamente à solta na minha visão demente vêm ter comigo, navegam comigo, entram e saiem na minha percepção de alquimista atarefado, fervilham em provetas de experiências falhadas de há muito tentadas por cientistas sagazes que também deram em loucos. Tudo experimentado à sorte, sem qualquer lógica ou método, brumas de pesadelos envolvendo os sonhos e desordenando a mente. Noites de estrelas mil, mais brilhantes que diamantes e sussurros ao ouvido de linguagens trazidas pelas aragens prenúncio de muitos e maus ventos. Onde agora os monotonos e monocórdicos sons das cigarras e dos grilos? onde as conversas sem fim das quentes noites de Agosto quando evocando o luar eramos inundados e atravessados por palavras belas, palavras mil, palavras vãs, transmissoras de mensagens que se é verdade que pareciam reais já em si carreavam os prelúdios de um breve fim? Onde a lucidez desta gente???

sábado, 21 de junho de 2008

Foi porque tinha que ser...

Inevitavelmente fui. Às tantas, nem sei porquê, mas fui.
Fui ter contigo, fui ter contigo a tua casa, fui. Às tantas...
Às tantas fui ter contigo à Lagoa do Gerês e lá estvas tu nua e quente ardendo na água fria quase a ferver;
Às tantas fui contigo a Coimbra (queima das fitas a quanto obrigas) era Maio e nem o Mondego conseguimos ver;
Às tantas foi nas Berlengas, estavas esfomeada e foi tal a guerra que a tenda começou a arder;
Às tantas foi em Lisboa, Rua Palmira aos Anjos e a tua amiga a nem querer ver;
Às tantas também foi em Odemira, o teu pai tinha ido de férias e foi o que tinha que ser;
Às tantas também fui à Amadora e só me lembro que me fizeste sofrer;
Às tantas fui, às tantas foi. Às tantas...

terça-feira, 17 de junho de 2008

Espreitando o Verão

Decidido. Hoje vou à praia. Vou logo depois do almoço, o sol ainda não queima. Fonte da Telha ou Guincho? A decidir quando já a caminho.
Do Terreiro do Trigo ao Terreiro do Paço é um pulinho. Estaciono junto á casa dos Bicos. Vou a pé até ao Martinho e debaixo da Arcada, sento-me por momentos. Pessoas a correr de e para o Cais das Colunas. Gente de trbalho da margem sul na labuta.
E eu? Vou mesmo á praia ou fico aqui a namorar Pessoa no retrato enquanto tento que alguma coisa me saia?
Ó, no tempo em que eu também tinha pressa! Esse tempo passou tão depressa. Agora a minha pressa é não ter pressa nenhuma, simplesmente continuar à espera que o tempo passe, sem pressa.
Eu para o meu alter ego, Nasser Lopes: Não vivo, passo pela vida.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Praça Maior

Pedintes e vadios dormem na rua
Frias arcadas feitas lençóis de linho.

terça-feira, 20 de maio de 2008

Fonte primeira

Sei de uma fonte que jorra água fresca noites e dias sem cessar. Sei da frescura dessa água e da sede de uns lábios por saciar. Sei onde fica a nascente dessa fonte só não sei o caminho para lá chegar.
Sei. Tudo isso, eu sei. Só não sei se ainda terei sede quando me lá for dessedentar.
Rios que serpenteiam montes e vales. Rios que correm para o mar!
Sei. E é tudo o que sei.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Filosofando

Continuar a escrever o diário, quotidiano encontro com as minhas personagens. Que diriam os vindouros, dos bombeiros, se um incêndio deflagrasse e queimasse todos os meus manuscritos?

terça-feira, 29 de abril de 2008

Viajar é preciso

O meu tempo é o fim do tempo. O meu lugar é escrever. O resto é mar. É ir e voltar!
Gostava talvez de fazer longas viagens, quem sabe, porque não, ir contigo ao Oriente. Mas não me dou ao trabalho nem seuqer de o pensar.
“ Viajo noites inteiras de uns pensamentos para outros”. Viajo por esta Lisboa que eu cuidava ser minha e afinal, descobri, não é. Por isso abalo, vou-me embora.
Lisboa fica mais vazia sem mim mas ninguém o vai notar. Vou depois do Inverno acabar e porque tenho pressa, vou devagar.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Por dentro

Sofrer o cansaço dos neurónios da cabeça por mais uma noite de pesadelos. Noites longas, as minhas, atormentadas por um único pensamento que nem sei qual é, de manhã, ao acordar!
Rios de loucura correndo ao contrário do leito, pesadas horas as do relógio parado mas martelando ainda na minha cabeça todos os minutos em que ansiava por ti.
Sei que existes, ainda mas ninguém me diz se és feliz ou infeliz.
- Quero lá saber da minha infelicidade. – Dirias tu!
Quero lá saber da minha felicidade, diria eu.
Quando penso em ti, saio de mim e deixo de ser eu. Porque o amor que te tenho (nem tenho a certeza que seja amor) tenho-to apenas na minha cabeça, que morto está de há muito o meu coração. O coração ainda não deixou de bater mas sabe-se lá até quando…
Está tudo esquecido. Esquecido? Tantos dias, tantos anos? De nada valeram os dias em que tudo o que acontecia apenas tinha sentido por nós?
(A asa da ave, quando ferida, soltou algumas penas que eu agora uso como enfeite)!!!
De que me serve ter asas se já não posso voar?

segunda-feira, 21 de abril de 2008

once, open a time...

... Era uma vez uma princesa encantada no seu castelo e um cavaleiro andante sem Quixote. Um dia o cavaleiro estacionou á porta do castelo da princesa e soube, sem que o soubesse, que ali morava uma princesa.
Tinha sido feita prisioneira no seu castelo, a princesa. Por amor. Estava encantada desse amor e encantada aguardava a passagem do seu amor, um belo e ditoso cavaleiro.
Quando o cavaleiro certo apareceu e porque não queria combater contra moinhos de vento, logo a princesa despertou do seu encantamento. E porque a aia o chamou, o cavaleiro parou. Parou e disse:
- És uma princesa encantada e eu um cavaleiro à procura. Sou aventura.

sábado, 19 de abril de 2008

génises

sexta-feira, 11 de abril de 2008

A cidade branca...

“... Lembro-me. Ciclicamente lembro-me. Neste quarto pequeno onde me esqueço, reinvento o futuro que não haverá e acabo sempre por retornar a esses tempos idos naquela cidade enlouquecida.
Lisboa cidade branca, Lisboa cidade velha, Lisboa cidade à deriva. Cidade de fantasia…”

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Principe Real

Conheço um Príncipe. A sério. Não, não é Sírio. Nem é Grego tão pouco. Nem sequer é de linhagem aristocrática mas é Príncipe.” De que vale um Rei sem reinado? Sim que reinado sem Rei pode haver num intervalo”. Real. Príncipe Real. Tão real como a esplanada que o habita. Ilusório o Príncipe...
Oh, no tempo em que havia Caravelas Reais. Só Caravelas Reais. E eu a fingir...

terça-feira, 8 de abril de 2008

Luz e trevas

A minha alegria quando penso em ti é uma alegria infantil, iniciática, virgem. Uma alegria boreal, primaveril, fantasista, porque...
Luzes, archotes, relâmpagos. Apagam-se os alambiques, queimado o álcool, ribomba o anunciado trovão. Tudo às escuras. Vou-me embora, tenho medo.
Na volta da maré vou-me embora, enfim soltas as amarras, olhar atento, peito firme, a cabeça cheia dos acordeões de antigamente.
Tristes carapaças de nós mesmos, amarrotados cartões de visita, que outra coisa não somos, antes de reentrar no caixilho.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

A ponte...

Promessas veladas

Sombras prometidas as do oásis ali ao lado no Jardim Botânico. Promessas veladas as da Drª quando me olha, aquando do intervalo - pausa para café -, a meio da tarde, só porque ainda ontem trocámos beijos de fugida no escritório.
Sinal fechado. Tempo de esperar um pouco.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

A minha amada

A minha amada oferece-se-me, linda, como uma flor na primavera e eu só anseio sorver o seu pólen sobretudo quando está a florir. Amo-a mais que a qualquer outra flor, á minha amada, e ela fica bem feliz por ser assim.
O seu sorriso é um bálsamo para mim e encerra sempre grandes promessas de amor;
Os seus olhos são mais transparentes que espelhos de água e fazem lembrar verdes prados espraiados á espera do Verão;
Os seus cabelos são negros como carvão mas o seu roçagar queima como incandescentes tições;
Os seus braços são como tentáculos de polvo e as suas pernas são como estiletes de marfim;
Os seus seios pequenos são rijos como romãs e o seu ventre é quente e fecundo como húmus.
Assim é a minha amada.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Lunch time

Pardais saltitantes de mesa em mesa roubando as migalhas ou as descuidadas moscas, enquanto as gaivotas do alto do candeeiro vigiam, papo cheio!
E as pombas, as desinibidas pombas - outrora brancas, perdida a mácula -, ansiando vorazes a chegada da velha doida que as perfilha! Chegado por fim o som do tilintar do milho sobre o basalto da praça da Figueira.

quinta-feira, 27 de março de 2008

Vigésimo Quinto Aniversário

Ó se ao menos alguém nos cantasse os parabéns todos os anos no dia do nosso aniversário depois de morrermos!
Mas não. Tudo o que mais querem, os trastes dos vivos, é esquecer-nos á pressa para depois poderem realizar as suas próprias fantasias com os despojos.
Depois de morrermos, mas apenas se morremos jovens, deixamos saudades nuns poucos mas apenas por pouco tempo. Sim porque se morrermos velhos não deixamos saudades a ninguém e até pensamos que eles pensam que foi um alívio parece que o gajo nunca mais vai!
E depois a terra cai em cima e pronto, lá se foi tudo. Entregues ao rol dos esquecidos bem fechadinhos na caixa não vá o danado lembrar-se de voltar a acordar.
Pedra tumular bonita em cima da campa e ali entre quatro paredes com porta fechada a cadeado para toda a eternidade que é sabe-se lá quanto tempo.
E para quê? Então não sabíeis que não era preciso vedar nada pois nem sequer vivos já são!
Triste agora a borboleta amarela pois bem sabe que prestes a findar está o Verão!

terça-feira, 4 de março de 2008

CASA FUNDADA EM 1782

Do Marquês ao Principe Real são as horas que quiseres. Outrora eram minutos. Havia pressa. Agora não.
Os lentos e arrastados passos transportam-me Rua da Escola Politécnica acima até ao velho jardim do Principe. Real? Como não, Real, pois se é Princípe!!!
B.A. Miradouro de S. Pedro de Alcântara. Outrora havia corações apardalados só de pensar... Agora não. Agora até os pardais aparvalhados, nos corações fazem ninho. Onde a esperança?
A musa deixou a inspiração e pirou-se num transatlântico para algures na Madeira, incógnita. A alta da cidade sem ti agoniza...
E como é sempre bem voltar ao Chiado.
- Olá Fernando, bute lá beber um absinto ao Martinho?
Casa fundada em 1782. Faz tempo. Do absinto ainda sinto o cheiro mas do Fernando apenas restam as fotografias em pose escolhidas a dedo para impressionar turistas endinheirados. Mas mesmo essas...
Dizem que antigamente dali se podiam molhar os pés no Rio. E dizem também que aquele era o rio que corre pela aldeia do Fernando. Mas dizem tantas coisas! Podemos lá acreditar em tudo o que dizem se está provado que o Fernando não tinha aldeia?
Sentado na esplanada das Arcádias, uma cerveja e duas espanholas por companhia - na mesa ao lado as espanholas, bem entendido -, dei-me conta de que passou agora outro Fernando. O do Lumiar, o das Finanças!
Pouca sorte a deste Fernando nas finanças. Ou a das finanças com este Fernando, saiba-se lá.